Em certa
manhã, estou a andar em uma rua movimentada. Pessoas estão indo para o trabalho
- carros, motos e ônibus transitam pela rua. Quando me deparo com uma cena não
tanto comum nesse lugar onde vivo, cena que para muitos passaria despercebida.
Era uma simples carroça sendo puxada por um burro; este que parecia faminto,
cansado, já em busca do descanso eterno.
Mas, o que me
chamara atenção não foi a simples carroça, nem o burro, mas sim os seus
condutores. Eram três pequenas crianças, de mais ou menos oito a dez anos, com
roupas velhas, amarrotadas e remendadas, pés descalços. São crianças pobres que
possivelmente estariam indo trabalhar.
Pedi para
tirar uma foto delas. E estas crianças, felizes e sorridentes, responderam que
sim, afinal, não era todo dia que “pousavam” para tirar foto. No momento em que
estou tirando a foto, vejo no olhar das três crianças, olhares de alegria, amor
e carinho. Começo a me perguntar como estas crianças conseguem com tão pouco
serem felizes. Nos mesmos olhares encontrei também esperança. A esperança de um
dia poderem ter uma vida melhor.
A resposta
para minha pergunta era simples; o fato de muitas vezes não darmos valor às
pequenas coisas. Muitas das vezes esquecemos que cada coisa tem seu devido valor
e cada uma delas representa algo especial para cada pessoa. A foto para aquelas
crianças representava muito mais que uma simples imagem, mas sim o querer e
poder acontecer.
~Emannuela Bernardo da
Silva
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